terça-feira, 30 de outubro de 2012

- Por Égila Karen (♥




O cálice - submissão (Jo 18: 11 - 14)

Pedro segurava uma espada, mas Jesus segurava um cálice. Pedro resistia a vontade de Deus mas o salvador aceitava a vontade de Deus. Pouco antes Jesus havia orado: "Meu pai se possível passe de mim este cálice! Todavia não seja como eu quero mas sim como tu queres" (Mt 26:39). O cálice representava o sofrimento que suportaria e a separação do pai que que experimentaria na cruz. Jesus fez esta oração três vezes, demostrando como seria no mais profundo do seu ser o preço que teria que pagar por nossa salvação. Sua alma deve ter se angustiado até o âmago diante da perspectiva de se tornar pecado! 
       O ato de beber o cálice é usado com frequência nas escrituras para ilustrar experiências de sofrimento e tristeza. Quando a babilônia tomou Jerusalém, a cidade "[bebeu] o cálice da sua ira, o cálice do atordoamento" (Is 51:17). Jeremias descreveu a ira de Deus contra as nações como um cálice sendo derramado (Jr 25:15-28). Há, também, as imagens do cálice da consolação ("copo"; Jr 16:7) e do cálice trasbordante de alegria (Sl 23:5).
          Jesus comparou seu sofrimento a beber de um cálice e passar por um batismo (Mt 20:22,23). Quando instituiu a ceia, comparou o cálice a seu sangue derramado pela remissão dos pecados (Mt 26:27 e 28). Era uma imagem que os discípulos conheciam e que não nos é estranha hoje. Em linguagem figurativa o cálice representa uma dor e aflição. O fato de alguns troféus terem o formato de cálice pode sugerir que os vencedores tiveram que passar por experiências difíceis a fim de conquistar a vitória.
          Jesus foi capaz de aceitar o cálice, pois este foi preparado pelo pai e lhe foi dado por sua mão. Não resistiu a obra do pai mas, pois veio cumprir essa vontade e consumar a sua obra da qual o pai havia incumbido. "Agrada-me fazer a tua vontade ó Deus meu;"            

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